quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Moleiros Livres, pelo Mestre

"1.Um Cavaleiro. O gémeo espanhol do nosso Camões, esse Cervantes antes tão esquecido, voltou em força, de braço dado com seus Quixote e Sancho. Vai daí, as metáforas intelectuais quotidianas conhecem nova moda: chegaram as Dulcineias, os Rocinantes, e… os moinhos de vento.
Moinhos são metáforas de mistério e de liberdade: Os deuses moem muito devagar, enquanto há quem leve água ao seu moinho, se bem que outros não façam farinha. Mas, quando me falam em moinhos, vem-me sempre à memória um nome: Menocchio.
2. Um Moleiro. Indomável opinador e mártir da liberdade foi Domenico Scandella, dito Menocchio (n. 1532), cuja saga seria contada e escalpelizada pelo historiador Carlo Ginzburg no seu já clássico O Queijo e os vermes (Il formaggio e i vermi), publicado em Turim pela Einaudi há precisamente trinta anos."(..)

TEXTO COMPLETO DA ESTREIA DO PROF. PAULO FERREIRA DA CUNHA NO PRIMEIRO DE JANEIRO